segunda-feira, 15 de outubro de 2007

mais vozes 2 : Gisa - 7° período / pp

"Olá,

Não vou escrever bonito, mas serei objetiva. Meu nome é Adalgisa e sou aluna de PP do fundão, apesar de não estar por aí atualmente.
Design na UFRJ, por incrivel que pareça, tem um currículo muito bom, o problema são as pessoas que não o levam a sério. Os professores que não dão aula, os alunos sem interesse, a falta de auxílio dos coordenadores para com os alunos, entre outros. Talvez o principal problema não seja o currículo, pois em todas as universidades que estive e estou, Milão, Philadelphia e agora Portugal, não me senti atrasada em nenhuma delas, pelo contrário, em algumas me senti muito mais completa como designer de produto que o resto dos alunos.
Então, vc pode me perguntar, para que mudar? ou melhor, tem que mudar? Acho que poderiamos acrescentar.... Acredito que podiamos sair lucrando se o design fosse por completo e que pudessemos aprender em produto mais de design gráfico. Claro que podemos puxar matéria em design gráfico para aprender, e essa possibilidade de mobilidade é ótima. Porém se tivessemos umas matérias de design gráfico aplicada ao produto, seria mais interessante para aqueles que não gostam muito dessa outra área do design. Outra coisa que eu sinto que falta... oportunidades para o designer de produto. E como solucionar isso? Se acrescentássemos mais tecnologia ao nosso currículo e se nos comunicássemos mais com a engenharia, poderiam surgir boas oportunidades.
Sei que quando o designer do fundão ouve o termo engenharia, logo pula e tampa os ouvidos, é uma pena. Há lá uma carência que o designer poderia suprir.(Tá certo que para isso o designer precisaria saber quem ele é primeiro, e o que ele deve fazer. Ele deve saber que não vai para a engenharia para colocar florzinha na máquina que o engenheiro produzir... mas esses são outro quinhentos) Não quero dizer que devemos nos juntar a eles e estudar como eles, mas acho que misturar um pouco não nos faria mal. Existem áreas na engenharia de produção e a mecânica que estão muito próximas de nós e que quando feitas por engenheiros, não são tão bem exploradas quanto nós poderíamos fazer. Os engenheiros são muito práticos e funcionais, mas se esquecem do aspécto humano, muitas vezes. Os engenheiro de produção se preocupam muito com o lucro, e produzem soluções que as vezes não são as mais agradáveis para o funcionário. Pecam em alguns detalhes... por exemplo... se têm que fazer um novo software para agilizar a produção, se esquecem que existe uma coisa chamada ergonomia cognitiva. Fazem coisas que uma pessoa, não engenheira, ao olhar, se assusta. Esquecem o poder das cores e das formas. Não têm noção de tamanho de letra entre outras coisas.
Se entrássemos nesse campo também, e não ficássemos só presos a arte, abririamos o nosso leque de escolhas e quem sabe nos ofereceriam mais estágios e patrocínios?!

Enfim, se houver algum erro de portugues... me dá um desconto... são 4 da manhã aqui em Portugal, e essa foi a brecha que achei para escrever. Acho muito importante se pronunciar.
Me mantenha informada sobre as decisões tomada, pois apesar de já estar terminando a uni e estar em PT, tenho muito carinho pela minha universidade e quero minha área cada vez melhor.

Abraços,
Gisa. (Adalgisa Lira.)"

obrigada Gisa!

Um comentário:

marina morena disse...

nao poderia concordar mais!!
assim eh que eh bom, aluna da faculdade se preocupando a distancia!!!!!
traga todo seu novo conhecimento internacional pra nós, gisa... de materias, disciplinas diferenciadas, curriculos legais, tudo que vc vir aih por fora!
=]
beijao